quinta-feira, 19 de novembro de 2015

[JM] - Conheça os símbolos e objetos litúrgicos

Os objetos litúrgicos, também chamados de "alfaias", são aqueles que servem ao culto divino e ao uso sagrado, por isso, devem ser manuseados com cuidado e respeito. Os objetos usados no culto divino são feitos de materiais nobres, para que invoquem a riqueza dos mistérios que eles servem. Vamos conhecer os objetos mais importantes:


Âmbula - também chamada de cibório ou píxide; é utilizada para a conservação e distribuição das hóstias consagradas aos fiéis.

Cálice - recipiente onde se consagra o vinho durante a missa.

Patena - pequeno prato, geralmente de metal, utilizado na consagração do pão. Também é usada na distribuição da comunhão, para prevenir a possibilidade de queda das partículas consagradas ou partes delas.
Teca - pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os doentes.

Hóstia - pão não fermentado circular. Ao pão maior chamamos hóstia, consagrada e consumida pelo sacerdote durante a missa. Aos menores, consagrados e distribuídos aos fiéis, chamamos partículas

Turíbulo - é o objeto utilizado na incensação. Nele é colocado o incenso, uma resina aromática, sobre a brasa. O incenso, que simboliza a oração elevada a Deus, é depositado no turíbulo, pelo sacerdote, e guardado na naveta, um pequeno vaso utilizado para o seu transporte.

Crucifixo - além da cruz processional, que abre a procissão de entrada, há um crucifixo menor, que fica sobre o altar, durante a a missa.
Galhetas - dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a celebração da missa.

Corporal - tecido sobre o qual se coloca o cálice com o vinho e a patena com o pão.

Pala - cartão revestido de pano, utilizado para cobrir a patena e o cálice.

Sanguíneo - ou purificatório. É o tecido com o qual o sacerdote, após a comunhão, limpa o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.

Manustérgio - toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do lavabo.

Caldeirinha e aspersório - a caldeirinha - é utilizado para colocar água benta para a aspersão. O aspersório - é utilizado para aspergir a água benta.

Ostensório - é o objeto que serve para expor o Santíssimo para a adoração dos fiéis e também para dar a bênção eucarística. Nele há a parte central fixa, chamada de custódia, que contém uma parte móvel, transparente e circular, a luneta, onde se coloca a hóstia consagrada.
Círio Pascal - vela grande, benzida na missa solene da Vigília Pascal, no Sábado Santo. É utilizado nas missas celebradas durante o Tempo Pascal e também, no ano inteiro, nos batizados. Representa, na liturgia, a luz de Cristo.
Além desses objetos, há também os castiçais, candelabros, velas, a bacia, a jarra, utilizadas no rito do lavabo, um pouco antes do ofertório. 

LIVROS UTILIZADOS NA MISSA

Os primeiros cristãos guardavam os livros sagrados com todo o cuidado e não permitiam que caíssem nas mãos dos infiéis. No tempo das perseguições, o ato de entregá-los às autoridades pagãs era considerado uma fraqueza. Os nossos livros litúrgicos, semelhantes aos demais objetos utilizados no culto divino, devem ser ornados de tal forma que apontem para o tesouro que eles encerram: a Palavra de Deus.
São usados normalmente dois livros litúrgicos: o missal, no altar, colocado perto do corporal, e o Lecionário, no ambão, para as leituras.
Missal - livro utilizado pelo sacerdote.

Lecionário - contém as leituras. Pode ser dominicalsemanal ou santoral.
Evangeliário - é o livro que contém o texto do evangelho para as celebrações dominicais e para as grandes solenidades.

VESTES LITÚRGICAS

Alva - túnica longa, de cor branca, amarrada na cintura por um cordão grosso chamado cíngulo.
Amito - é uma peça que o sacerdote põe sobre os ombros ao se vestir com os paramentos para a celebração eucarística. É posto antes da alva.

Casula - é exclusiva do sacerdote. Trata-se de um manto usado sobre a alva e a estola. Os diáconos usam a dalmática.

Estola - veste litúrgica do sacerdote. A estola fica encoberta quase totalmente pela casula. A estola do diácono é colocada em diagonal.

Véu umeral - manto ricamente ornado, usado pelo sacerdote na bênção do Santíssimo. Durante as procissões, ao conduzir o Santíssimo, o sacerdote usa a capa pluvial.

CORES UTILIZADAS NA LITURGIA

As cores litúrgicas variam de acordo com o tempo litúrgico ou a solenidade que se celebra. As cores aparecem nas vestes do sacerdote e do diácono, na toalha do altar e do ambão e, eventualmente, nas cortinas colocadas atrás do altar (onde houver).
Branco - simboliza a paz, a ressurreição, a pureza e a alegria. É utilizado na Quinta-feira Santa, na missa solene da Vigília Pascal do Sábado Santo e em todo o Tempo Pascal. Também é usado no Natal, nas festas dos santos não mártires e nas festas do Senhor, com exceção da Sexta-Feira Santa.
Vermelho - simboliza o amor, o sangue, o martírio, o fogo. É utilizado no Domingo de Ramos, na Sexta-Feira Santa, no domingo de Pentecostes, nas festas dos apóstolos e dos santos mártires e dos evangelistas.
Verde - simboliza a esperança. É usado em todo o Tempo Litúrgico comum, quando não há uma festa de um santo ou do Senhor. 
Roxo - simboliza a penitência. Usa-se nos tempos penitenciais (Quaresma e Advento). E também, nos ofícios e missas pelos fiéis defuntos.
Preto - simboliza o luto. É utilizado geralmente nas missas rezadas pelos mortos.
Rosa - significa a alegria. É utilizado somente em duas ocasiões, no tempo litúrgico: no terceiro domingo do Advento, tambem chamado 'Gaudete', e no quarto domingo da quaresma, chamado de 'Laetare'. Tais celebrações, em que se destaca a alegria, foram inseridas nos tempos penitenciais como forma de alentar os fiéis em meio aos rigores próprios daqueles tempos.

OUTROS SÍMBOLOS

IHS - Iesus Hominum Salvator, Jesus Salvador dos homens. Símbolo fartamente utilizado nos paramentos litúrgicos, em portas de sacrário e nas hóstias.
XP - são as duas primeiras letras da palavra Cristo em grego: ΧΡΙΣΤΌΣ. É um dos mais antigos símbolos do Cristianismo.
Alfa e Ômega - respectivamente, a primeira e a última letra do alfabeto grego. Jesus é o "alfa e ômega", princípio e fim de todas as coisas.
Cordeiro de Deus - Jesus Cristo. Nas palavras de S. João Batista: "Ecce Agnus Dei" (Eis o Cordeiro de Deus).

O TEMPLO

"A arte sacra deve caracterizar-se pela sua capacidade de exprimir adequadamente o mistério lido na plenitude de fé da Igreja" (Ecclesia de Eucharistia). O decoro, a harmonia, a beleza, mesmo nos edifícios mais austeros, tudo deve testemunhar a dignidade do culto que lá se celebra. Selecionamos, a seguir, as expressões pelas quais são conhecidas as principais partes do templo.
Altar - mesa fixa, destinada à celebração eucarística. É o lugar onde se renova o sacrifício redentor de Cristo. De acordo com as normas da liturgia, cada altar conserva, numa cavidade especial, grãos de incenso, relíquias de santos e um documento de consagração assinado pelo bispo. Antes, os altares eram encostados à parede, sendo o altar-mor (o principal da igreja) localizado em um nível mais alto. Após a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, o altar fica numa localização mais central do presbitério, permitindo ao sacerdote circundá-lo, na celebração.
Sacrário ou tabernáculo - pequeno compartimento onde são guardadas as partículas consagradas. Deve ficar no local de maior dignidade do templo. O tabernáculo deve ser confeccionado de modo a exprimir a riqueza do tesouro que contém. Uma lâmpada vermelha acesa avisa ao fiel que o sacrário contém o Santíssimo. O cibório, com a reserva eucarística, é velado por uma pequena cortina, chamada conopeu, com a cor litúrgica do dia.
Ambão - é uma tribuna destacada destinada à liturgia da palavra, localizada no presbitério. Consta de uma plataforma alta, sustentada por colunas ou por um alto pedestal, delimitado por parapeitos que se prolongam ao longo da escada de acesso. Em sua acepção mais simples, um pequeno móvel, onde se coloca o lecionário ou evangeliário, para as leituras.


Presbitério - é a parte da igreja reservada aos presbíteros. Situa-se, com mais frequência, num nível mais elevado, para pôr em relevo a sacralidade do lugar e também para tornar mais visível o desenrolar do rito sagrado aos fiéis. É, por assim dizer, o espaço vital do templo, onde se desenvolve todas as ações litúrgicas. 
Credência- pequena mesa, próxima do altar, onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na celebração.
Púlpito - era o lugar onde o presidente predicava, geralmente um lugar elevado de modo a que todos pudessem ouvir a homilia. Os templos construídos mais recentemente não mais trazem púlpitos. Geralmente, a predicação é feita no presbitério, no ambão.
Nave da igreja - é o espaço do templo reservado aos fiéis.

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